Então, o iPhone 7 se materializou, e os rumores se transformaram em um dispositivo real. O aparelho foi apresentado nesta quarta-feira, 7, em evento na Califórnia, com toda a pompa e circunstância que é tradicional de eventos da Apple. Passada a apresentação, fica o questionamento: o smartphone vale a pena?
É uma pergunta importante, porque é a primeira vez na história da Apple que ela recorreu a um esquema de geração em três etapas. Normalmente, cada geração do iPhone é iniciada com um modelo com uma nova numeração, seguida no ano seguinte pelo aparelho “S”. Exemplo: iPhone 4 seguido do 4s, e o 5 seguido do 5s. O primeiro modelo introduz um novo conceito de design e o segundo traz aprimorações menores, mas importantes.
No entanto, o iPhone 7 pode ser descrito mais como um “iPhone 6ss”, no sentido de que ele é apenas uma evolução do aparelho 6s, que já era uma evolução do 6. A grande mudança estética que marca a troca de gerações deve ser reservada para 2017, no aniversário de 10 anos do iPhone, o que significa que neste ano recebemos apenas algumas novidades pequenas, que podem não justificar a troca.
O que é melhor?
Como em todas as novas edições do iPhone, você ganha desempenho, a tela mais brillhante, uma bateria mais parruda e uma câmera melhor. A câmera é o principal fator do novo iPhone, especialmente da versão Plus. A Apple incluiu um setup com duas lentes no smartphone maior que oferece zoom óptico de 2x, o que é impressionante em um celular, além da capacidade de registrar imagens com profundidade de campo ajustável e com qualidade próxima do que é visto em câmeras DSLR. Quem leva fotografia à sério deve aproveitar bastante as novidades do novo iPhone.
O que é pior?
É pouco comum que uma versão atualizada de um eletrônico traga coisas piores, mas o iPhone 7, excepcionalmente, traz. A empresa optou por eliminar de uma vez por toda a entrada de fones de ouvido do celular. Sob a justificativa de "coragem", a entrada analógica deu adeus ao aparelho, para liberar espaço para outros componentes, permitindo bateria maior e tela melhor e para habilitar uma visão de futuro sem fios.
O problema é se você tem um fone P2 bom, ele se torna praticamente inútil sem um adaptador. A Apple fornece este dispositivo na caixa, mas este tipo de aparelho nunca oferece uma experiência boa de uso. Além disso, se você perder este adaptador pequeno (que, aliás, pode ser perdido com facilidade), a reposição oficial custa R$ 80.
A outra opção é migrar para o mundo sem fio, que é o verdadeiro objetivo da Apple. Aí entra outro problema: você provavelmente vai ter que comprar um fone novo e a empresa oferece uma excelente opção: os AirPods, que custam a módica quantia de R$ 1,4 mil.
E vale a pena?
Para quem tem um iPhone 6 ou 6s, provavelmente não. Os ganhos não são tão grandes, a menos que você seja um grande entusiasta de fotografia. A câmera do iPhone 7 Plus parece, sim, ser sensacional, e isso pode ser um motivo para atualizar para quem leva as fotos a sério, ao ponto de se preocupar com fatores como profundidade de campo, imagens RAW e a captura de imagens em movimento.
Já a perda da entrada de fone de ouvido pode significar um prejuízo financeiro extra desnecessário se você tiver que adquirir novos fones ou adaptadores. É algo a colocar na conta na hora de adquirir o aparelho.
O iPhone 2017 deve ser um aparelho bem mais interessante em vários aspectos, e pode ser uma ideia melhor guardar o seu dinheirinho para a ocasião. Ao que tudo indica, é este modelo que deve receber as principais inovações da Apple, e o celular deste ano ficou com as sobras.
Se você tem um aparelho mais antigo, talvez um iPhone 5, 5s ou até o 4s, provavelmente é uma ideia melhor aproveitar que o iPhone 6s vai ficar mais barato e investir em um deles - afinal, são excelentes aparelhos.
Fonte: Olhar Digital
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